E que lugar é esse?
Segundo o Dicionário, vulnerável é algo ou alguém que está suscetível a ser ferido, ofendido ou tocado.
Não é confortável estar nesse lugar!
A vulnerabilidade pode começar na gravidez, quando nosso corpo muda e não corresponde ao desejado.
Depois vem o parto, um momento mágico e de intensa conexão, mas que pode ser de violência e desrespeito à mulher.
De repente estamos responsáveis por nutrir e cuidar de um ser totalmente dependente. Uma parte do nosso corpo, que até então era privada, torna-se um restaurante delivery.
Aí a ficha começa a cair, já não temos mais o controle sobre tudo que acontece. Chegamos atrasados nos compromissos, vestimos roupas pela praticidade e não devido ao nosso estilo. Espera aí, estilo? Já nem sabemos mais quem nós somos, quanto mais qual é o nosso estilo.
A sensação é que envelhecemos dez anos em um. Dormimos pouco, comemos comida fria, nos distanciamos do mercado de trabalho e de alguns amigos… nosso corpo e tudo mais já não atendem aos padrões da sociedade…
Não existem palavras, palestras, livros ou cursos que transformem essa vulnerabilidade em um lugar confortável.
Então, o que devemos fazer? Reclamar, chorar, arrepender, desesperar, esquecer, disfarçar?
A gente pode fazer essas coisas por um tempo, mas infelizmente nada disso resolve!
“Sim, o jeito é sentir. Nosso coração será arrancado e isso é aterrorizante. Pensar no que vem depois disso não é o remédio. Não há remédio. Mas se você quer saber, e nós achamos que você quer, corações que passam por isso juntos transformam-se em poder compartilhado. E assim seguem juntos a aventura de explorar a vida e todos os seus ciclos”
(NICKEL, BANDARRA, 2018).
Sentir, viver, aceitar, desapegar, perdoar, transcender… sem julgamentos e expectativas escrever a nossa própria história, é isso que a gente precisa fazer!