Quero compartilhar com você a experiência que tive com Miguel quando ele estava com oito meses e tive que levá-lo à emergência pela primeira vez.

Eu sabia que esse dia iria chegar, mas nunca estamos preparadas para ver nossos bebês sofrendo.

Por ser enfermeira sei dos riscos que existem numa emergência pediátrica, pois é um local onde estão várias criancinhas com doenças diversas e muitas delas contagiosas.

Por isso, devemos evitar levar nossos filhos por qualquer motivo, antes disso devemos assegurar com a pediatra que já os acompanha da real necessidade de levá-los ao hospital ou unidade de pronto-atendimento.

Dica: considera-se que a criança está com febre quando a temperatura está acima dos 37,8ºC. Além do aumento de temperatura é importante observar o estado geral da criança: se está prostada, sem apetite, sonolenta, chorosa. Esses são também sinais de alerta para gravidade da situação.

Meu Miguel começou com uma febre baixa na sexta-feira (dia 18/12/15), mas continuou alimentando-se bem. Inicialmente, pensei serem os dentes, já que a gengiva superior estava avermelhada e inchadinha.

Contudo, a febre continuou persistindo durante o fim de semana. As noites ficaram mais agitadas e percebi também alterações no humor e uma dependência maior de mim.

Na segunda (dia 21/12/15) tive que sair para trabalhar, deixei meu pequeno com pesar, ele estava choroso e querendo o colinho de mamãe. Ao meio dia ele apresentou febre novamente, liguei para a pediatra que orientou levá-lo à emergência, já que estava completando 48 horas desse sintoma.

Já saí do trabalho ansiosa, pensando um monte de coisas: na demora do atendimento, naquela quantidade de crianças doentes que encontraríamos, na possibilidade de Miguel ficar internado, nas furadas que meu bebê poderia levar, no sofrimento pelo qual ele iria passar…  E ainda havia a pior de todas as minhas aflições: O que meu bebê realmente tinha? Qual doença seria diagnosticada?

Chegamos ao hospital às 15:20h, encontramos cerca de seis crianças (não tantas quanto eu temia!!!), algumas tossindo, outras chorando e umas duas brincando tranquilamente.

Miguel foi atendido pela equipe da triagem às 15:40h, pegou a pulseirinha de cor verde que significa “pouco risco”. Ele estava tão tranquilo que acabei me tranquilizando também.

Às 16:00h a médica o atendeu, suspeitou de dengue ou alguma outra virose e solicitou exame de sangue para o diagnóstico.

Pronto! O pior momento chegara: pela primeira vez meu pequeno passaria pela experiência dolorosa da coleta de sangue. Não foi fácil ver seus olhinhos assustados e marejados e seu grito de dor, mas sei que ele sentiu minha presença, meu carinho e apoio.

É impressionante como as crianças se recompõem rápido. Tão logo saímos da sala de coleta, Miguel já estava esboçando um sorrisinho para mim e para o “dindo” (padrinho), que nos acompanhava.

Duas horas depois saiu o resultado dos exames e o diagnóstico: “infecção viral não especificada”. Conduta: medicar se tiver febre e oferecer bastante líquido.

Voltamos para casa mais tranquilos e aliviados por não ser nada grave. Meus medos se dissiparam e ficou a lição de que não adianta alimentar uma ansiedade pelo desconhecido, pois no final dá tudo certo!

Hoje ele está ótimo, fazendo suas peraltices pela casa. E não há nada melhor do que ver nossos filhos bem e felizes.

Essa foi apenas a primeira de outras idas ao hospital (que felizmente não foram muitas até agora) e, por mais difícil que sejam esses momentos, pensar que fazem parte do processo natural do viver e que tudo passa ajuda a superá-los com mais serenidade!!!

Um grande abraço! Nos vemos no próximo artigo ou vídeo.
Lu Pimentel

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *