Ao presenciar minha amiga amamentando seu bebê de apenas três dias eu relembrei de algo que “quase me esqueci” (sqn*) e que não vejo muitas mamães comentarem. Não sei se é porque esquecem mesmo ou se é porque muitas de nós têm receio de compartilhar os momentos difíceis vivenciados na maternidade.

Eu pude reviver no rosto de minha amiga o quanto o processo inicial de amamentação DÓI. Dói muito, muito mesmo!!!!! Dói tanto que podemos pensar em desistir e seguir pelo caminho mais “fácil” da mamadeira e do leite artificial.

Eu imaginava que a dor só existia na ocorrência de situações adversas como: pega incorreta, fissuras, mastite ou outras infecções mamárias. Mas, descobri que não!! O processo natural de amamentação inclui a dor, nos primeiros dez a vinte dias! 

Percebi que essa dor acontece porque o bico do seio, que está recebendo do bebê estímulos diferentes e repetidos, passa por um processo de adaptação para exercer a sua função de amamentar. É como se estivesse calejando e pode ficar um pouco vermelho ou com aparência de raladinho.

Essa situação se assemelha à experiência de aprender a tocar violão: no início os dedos doem, mas com o tempo o organismo acostuma e torna-se um processo natural e sem dor.

É importante ressaltar que estou falando aqui da dor que ocorre de um processo natural do nosso organismo enquanto nossos mamilos estão se adaptando para ficar mais resistente e tornar a amamentação um momento de apenas prazer e amor.

No entanto, existem muitas situações em que a dor na mama pode ser patológica, como por exemplo: mastite, ingurgitamento mamário, candidíase, absesso na mama, fissura no mamilo, dentre outros.

Saiba também que fica muito mais fácil suportar esse curto período de dor quando estamos preparadas e conscientes de que o ato de amamentar, além de oferecer o melhor alimento para nossos bebês, pode trazer diversos outros benefícios. Veja mais aqui.

Gostaria ainda de lhe dizer que cada mulher sente essa dor de forma diferente. Para umas é facilmente suportável, e passam por essa fase tranquilamente. Para outras é uma dor intensa, entretanto com ajuda e apoio elas conseguem superar. E tem ainda a dor insuportável que pode fazer muitas mães desistirem por falta de apoio e esclarecimentos necessários.

A dor que senti foi intensa e a boa notícia é que ela passa!! Quando perseveramos e suportamos esse período difícil terminamos por oferecer o melhor alimento para nosso filho e vivemos momentos especiais de amor e cumplicidade que somente a amamentação permite.

Pela minha experiência, digo que vale a pena persistir, pois o que fica é apenas o amor e a satisfação de alimentar nossos filhos de forma tão intensa e particular. Quando amamentamos, partilhamos com nossos tesouros momentos tão únicos que é difícil descrever.

Eu gravei um vídeo no qual relatei meu processo de amamentação e desmame com Miguel. Para assistir acesse: https://youtu.be/-G5kPyY4hOw

E você, como percebe tudo isso? Ficarei feliz em saber a sua opinião. Deixe o seu comentário logo abaixo ou envie um email para: contato@lupimentel.com.br

*sqn (só que não)

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