Aos sete meses começou a despontar o primeiro dentinho de Miguel, o incisivo central inferior.

Confesso que eu estava na torcida para que a dentição dele demorasse mais a chegar, pois já sabia que com os dentes viriam os cuidados com a escovação, que não é uma tarefa muito fácil nessa fase da vida, e alguns especialistas afirmam que quanto mais tarde o aparecimento dos dentes, melhor.

Além disso, comecei a perceber que meu bebê começou a dar umas mordidinhas no mamilo. No início não incomodava muito, mas passou a doer quando nasceu o segundo dentinho e eles foram crescendo.

A primeira mordida foi um grande susto para mim e para ele, pois no impulso eu gritei e puxei o seio. Foi uma experiência nada positiva e o pior é que passei a amamentar com medo de uma próxima mordida e acabei repetindo essa cena algumas vezes.

No entanto, minha certeza de que continuar com a amamentação era o melhor para meu filho me fez buscar meios para que pudéssemos superar esse desafio que estávamos enfrentando.

Primeiramente, eu me conscientizei de que esse é um processo natural. Meu bebê estava apenas tentando aliviar os incômodos que o nascimento dos dentes traz, além disso, para ele não havia nada de errado nisso (em morder minha mama).

Isso foi fácil, mas o que fazer já que eu não podia continuar recebendo mordidas nem muito menos interromper a amamentação?

Confesso para você: apenas segui meu instinto de mãe já que, na época, não encontrei nenhuma orientação que pudesse realmente me ajudar.

O que fiz em seguida foi exercer o autocontrole durante as mordidas para não gritar e assustar meu bebê.

Contudo, eu precisava mostrar para ele de alguma forma que essa atitude não era boa para nós. Então, comecei a falar em tom de voz normal, mas com firmeza e seriedade:

“Filho, assim o peito de mamãe dói!”

“Desse jeito machuca mamãe!”

Ao mesmo tempo em que retirava o seio da boca dele.

Pode até parecer maluquice de mãe, já que eu estava falando para um bebê de oito meses. Na primeira vez ele chorou. Na segunda, ficou olhando para mim com os olhinhos arregalados.

Eu comecei a prestar atenção na forma como ele se comportava imediatamente antes de morder e passei a interromper a mamada nesse exato momento e pedir com seriedade e ao mesmo tempo com carinho para que não fizesse isso.

Posteriormente retomava a amamentação repetindo esse processo quantas vezes fossem necessárias.

Bom, não tenho certeza se foi realmente essa técnica que trouxe resultado ou se foi um processo natural dele. O fato é que em menos de um mês as mordidas cessaram e nossos momentos de amamentação voltaram a ser de tranquilidade e muito amor.

Quem foi que disse que seria fácil? Cada dia vivemos um desafio diferente para criar nossos filhos com amor, respeito e sabedoria. E é por isso que estamos aqui!

E você já passou por essa experiência? Conhece alguma mãe que está passando por este problema?

Vamos fortalecer essa corrente por uma maternidade segura, ativa e feliz!

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